Defesa do memorial

04/12/2015 08:54
  • A defesa do memorial será realizada no dia 08 de dezembro de 2015 na Sala 205 da UFSC, unidade Mato Alto.
  • Os candidatos terão no máximo 20 minutos para apresentar seu memorial e a banca terá até 10 minutos para realizar perguntas.
  • A comissão disponibilizará aos candidatos canetas e apagador para quadro branco, além de “Data Show”, caso o candidato solicite. Não será disponibilizado computador nem será responsabilidade da comissão qualquer tipo de incompatibilidade entre o “Data Show” e o computador do candidato.
  • A ordem dos candidatos corresponde a ordem do número que foi entregue como senha no dia da prova.
  • A hora da apresentação de cada candidato  está dada na tabela a seguir
    Hora Candidato
    10:00-10:30 12980
    10:30-11:00 31208
    11:00-11:30 43920
    11:30-12:00 44086
    14:00-14:30 47597
    14:30-15:00 89226
    15:00-15:30 92971
    15:30-16:00 99935

Resultado da I etapa da seleção, ano 2016

01/12/2015 22:03
Candidato Resultado
11145 Ausente
12953 Eliminado
12980 Classificado
16111 Eliminado
16423 Eliminado
17505 Eliminado
24598 Eliminado
30722 Ausente
31208 Classificado
31408 Eliminado
32183 Eliminado
41034 Eliminado
43920 Classificado
44086 Classificado
47597 Classificado
61946 Eliminado
61996 Eliminado
63863 Eliminado
73530 Ausente
73760 Eliminado
75429 Eliminado
80893 Eliminado
81770 Eliminado
82467 Eliminado
83100 Ausente
89226 Classificado
92971 Classificado
97735 Eliminado
99464 Eliminado
99935 Classificado

 

Edital para novos docentes

04/11/2015 16:48

Estão abertas as inscrições de candidatos a professor no curso de Mestrado Profisional em Ensino de Física da UFSC, polo Araranguá.  O período de inscrição é do 03/11/15 até o 03/12/2015. A submissão de proposta deverá ser realizada conforme o edital 02/2015/MPEF/ARA.

Edital de Seleção local – 2016

10/10/2015 09:06

Foi aprovado o edital_Complementar_polo41_UFSC_ARA_2015, atenção especial às regras associada a prova de memorial.

Inscrições nacionais

09/10/2015 a 12/11/2015: período de inscrição no processo seletivo (on line), no endereço eletrônico http://www.sbfisica.org.br/mnpef

13/11/2015, até o limite de horário estabelecido pela instituição bancária para processamento do pagamento nessa data: prazo final para pagamento da taxa de inscrição.

14/11/2015 a 17/11/2015: período para emissão do comprovante de inscrição.

até 18/11/2015 às 12h: prazo máximo para reclamação referente à não emissão de comprovante de inscrição, de acordo com o previsto no item 2.6 do Edital Nacional.

19/11/2015: divulgação da listagem dos candidatos inscritos em cada Polo.

Primeira Etapa – Prova Escrita Nacional

22/11/2015, às 13 horas (horário de Brasília): realização da Prova Escrita Nacional nos Polos.

02/12/2015: divulgação nos polos dos resultados da Prova Escrita Nacional.

03/12/2015: divulgação final nos polos dos nomes dos candidatos classificados para a segunda etapa com os horários e locais para realização da Prova de Defesa de Memorial.

Segunda Etapa – Prova de Defesa de Memorial

04/12/2015: prazo final para entrega da documentação no Polo.

08/12/2015 a 11/12/2015: realização da Prova de Defesa de Memorial.

até18/12/2015: divulgação do resultado da segunda etapa.

Matrícula

entre os dias 18/01/2016 e 01/03/2016 no site www.capg.ufsc.br e entrega do comprovante na Secretaria Acadêmica.

Início das aulas

A ser determinado pelo Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina. Divulgado em breve no site do programa, http://mpef.posgrad.ufsc.br.

Orientações sobre o currículo

22/05/2015 20:32

A continuação reproduzimos uma mensagem encaminhada pelo coordenador nacional do Mestrado, Prof. Dr. Marco Antônio Moreira, texto que está publicado em http://www.sbfisica.org.br/~mnpef/index.php/sobre-o-mnpef/orientacoes-sobre-o-curriculo

Orientações sobre o currículo do MNPEF

 

Aos docentes do MNPEF

            A Física no Ensino Médio está em crise. A carga horária que era de seis horas semanais em décadas passadas, diminuiu para quatro e hoje, em muitas escolas, é de uma ou duas horas por semana. E há possibilidades de que caia a zero se for implementada a proposta de unificar Física, Química e Biologia nas Ciências da Natureza.

            Além disso, o currículo está altamente desatualizado em termos de conteúdo e tecnologias. Não se ensina nada de Física Moderna e Contemporânea e não se incorpora, efetivamente, as tecnologias de comunicação e informação nas práticas docentes. Como já é lugar comum dizer, os alunos são do século XXI, os professores do século XX e a escola é do século XIX.

            Certamente, nesta crise é também necessário considerar que as condições de trabalho dos professores são precárias: baixos salários, carga horária excessiva, muitos alunos, várias escolas e, muitas vezes, formação deficiente.

            Não conseguiremos reverter esta situação com o MNPEF pois essa reversão depende fortemente de ações governamentais. Mas o MNPEF é uma esperança e pode catalisar novas ações para resgatar e melhorar o ensino da Física no Brasil. É uma valorização dos professores de Física. Começamos com 21 polos e quase quatrocentos mestrandos em 2013, mas em 2014 fizemos nova chamada e agora temos 46 polos e cerca de oitocentos mestrandos. Em 2015, pretendemos fazer uma terceira chamada, com novos polos e novas vagas aos polos existentes, começando atividades em março de 2016.

            Passo a seguir a comentar aspectos curriculares e didático-pedagógicos do MNPEF.

            Em primeiro lugar é preciso ter claro que o Mestrado Profissional, particularmente, um mestrado nacional em rede, em larga escala, como o nosso, é diferente de um mestrado acadêmico clássico. É outra proposta, centrada no professor da educação básica, na sala de aula, nos conteúdos e nas tecnologias, não na pesquisa acadêmica.

Conteúdos e disciplinas

            Comecemos pelos conteúdos. Nossa proposta foi altamente criticada pela comunidade de ensino de Física por ser conteudista. De fato, ela é conteudista, mas não do tipo conteúdo pelo conteúdo. Conteúdos são importantes, competências sem conteúdos não existem. Mas são importantes do ponto de vista conceitual, fenomenológico e da transferência didática para a sala de aulas do século XXI.

            Ministrar uma disciplina não é “dar um livro”. Por exemplo, ministrar uma disciplina de Eletromagnetismo não é “dar o Jackson” ou “dar o Corson”. Isso não é ensinar, é fazer o aluno repetir o que está no livro, resolver problemas que já estão resolvidos em algum lugar (e.g., internet) e decorar tudo para as provas.

            Uma disciplina de Eletromagnetismo para professores deve concentrar-se nos conceitos (e.g., campo eletromagnético, força eletromagnética, potencial elétrico, indução eletromagnética, …) e nos fenômenos básicos descritos pelas Equações de Maxwell. É claro que algum formalismo é necessário, mas a ênfase não deve estar no formalismo.

            Ministrar uma disciplina de Quântica para professores de um MP em ensino não é “dar o Messiah” ou algum outro clássico. Não é ficar resolvendo indefinidamente a Equação de Schrödinger. Ao contrário, é ocupar-se de conceitos como estado, superposição de estados, emaranhamento, sempre pensando em como os professores poderiam abordar esses e outros conceitos quânticos no Ensino Médio. É ocupar-se de fenômenos quânticos, na mesma perspectiva.

            Uma disciplina de Física de Partículas não deve ser ensinada com teoria de grupos. Deve aproveitar aspectos epistemológicos dessa área da Física. Aproveitar aspectos intrigantes como o da energia escura e matéria escura, a não detecção do gráviton, os misteriosos neutrinos.

            Enfim, as possibilidades são muitas. O importante é que os professores alunos aprendam esses conteúdos de maneira significativa e sejam capazes de abordá-los com seus alunos no Ensino Médio. É preciso dizer não ao formalismo. Esses professores não serão físicos e seus alunos também não. Ensinar Física como se os alunos fossem futuros físicos é um erro cometido desde o PSSC. Poucos serão físicos, talvez mais se a Física for ensinada de outra maneira.

A avaliação

            Este é um dos principais problemas do processo ensino-aprendizagem. A avaliação não pode ser apenas somativa, baseada em provas de resposta correta. Isso é comportamentalismo. A avaliação deve ser também formativa (ao longo do processo) e recursiva (permitir que o aluno refaça tarefas, aproveite o erro).

            Não devemos cair no lugar comum de “dar a matéria”, cobrá-la nas provas e reprovar grande parte dos alunos dizendo “eu ensinei e eles não aprenderam”. Isso não existe. Só há ensino quando há aprendizagem. Também não adianta dizer que os alunos estavam mal preparados, não tinham base, e por isso foram reprovados.

            Sabemos que muitos dos professores de Física estão mal formados, têm deficiências em Física e Matemática. Nosso problema é recuperá-los, ajudá-los a superar tais deficiências. Simplesmente reprová-los é um fracasso, não só deles, mas igualmente nosso como docentes do MNPEF. Sem dúvidas, uma tarefa difícil.

Ensino centrado no aluno

            Esse enfoque é padrão no discurso educacional contemporâneo, tanto na educação básica, como na superior, tanto nacional como internacionalmente, mas na prática o ensino continua centrado no professor (o modelo da narrativa, o professor como narrador) que “dá a matéria” (a educação bancária de Freire).

            O modelo da narrativa é aquele no qual o professor repete (no quadro de giz ou com slides Power Point) o que está no livro, o aluno anota tudo o que pode (ou pede os arquivos eletrônicos), decora e repete nas provas. E, se passa nas provas, logo esquece tudo.

            É preciso abandonar este modelo. O aluno deve participar ativamente, aprender ativamente (active learning). O professor deve dar aulas curtas, miniaulas, e, logo após, propor tarefas (problemas, questões, mapas conceituais, atividades computacionais,…) a serem resolvidas em pequenos grupos (três ou quatro alunos; mínimo dois) e cujos resultados são apresentados ao grande grupo ou apenas ao professor que os revisa, devolve com comentários e permite que sejam refeitos. À segunda versão o docente pode atribuir uma nota ou conceito que será computado para fins de avaliação formativa.

            Seguramente existem outras alternativas para aumentar a participação dos alunos, mas o importante é o diálogo, a interação social entre alunos e professor e entre os alunos. O ensino no qual o professor fala sozinho, explicando tudo “direitinho”, é medieval. Não tem sentido no século XXI.

            Porém, centrar o ensino no aluno não significa minimizar o papel docente no processo ensino-aprendizagem. Ao contrário, o papel do professor como mediador é muito mais importante do que o de narrador, explicador, repetidor. A interação professor-aluno é muito maior quando o ensino é centrado no aluno, não no professor.

As tecnologias

            O computador mudou nossa vida, nossa sociedade. Os celulares e os tablets vieram para ficar. A Física hoje é teoria, experimentação e computação. Há uma quantidade enorme de aplicativos disponíveis para serem usados no ensino de Física. Mas, na escola, as aulas de Física continuam o mais tradicional possível, incentivando a aprendizagem mecânica, treinando para o vestibular e agora para o ENEM.

            É preciso mudar isso, e o MNPEF é um espaço com muito potencial para mudança. As aulas no MNPEF devem usar, rotineiramente, recursos tecnológicos (simulações, modelagem computacional, internet, celulares, vídeos, fotos digitais, ebooks, redes sociais,…). Não tem mais sentido o ensino apenas de giz e lousa.

            Isso, no entanto, não significa ensino a distância. O MNPEF é presencial, mas deve incorporar as TICs e estimular seus alunos a usarem essas tecnologias nas suas práticas no Ensino Médio.

O produto educacional

            O MNPEF não tem como foco a pesquisa em ensino de Física, mas sim o desenvolvimento de produtos educacionais, a implementação desses produtos em sala de aula e um relato de experiência dessa implementação. Resultados de pesquisa em ensino de Física há muitos, desde os anos setenta do século passado, mas esses resultados não chegam à sala de aulas de Física, ficam nas revistas. O MNPEF é uma boa oportunidade de trazer esses resultados às aulas de Física. O produto educacional pode ser um aplicativo, um texto para o professor, um vídeo, uma estratégia didática, o uso do computador, do celular, etc., em sala de aula para ensinar Física. As possibilidades são muitas, o importante é inovar, gerar um produto, usá-lo em situação real de sala de aula e relatar (na dissertação) o que aconteceu.

            Obviamente, para isso é preciso ver se há, na literatura, relatos de experiência análogas. É preciso também ter alguma visão de que é ensinar e do que é ciência. É também necessário planejar a implementação do produto e registrar o que acontece. Mas não se trata de revisão da literatura, fundamentação teórica, metodologia de pesquisa, tal como se espera de uma dissertação acadêmica ou de uma tese de doutorado. A dissertação do MNPEF não deve ser uma dissertação acadêmica, mas sim um relato de experiência, muito bem feito, com foco no desenvolvimento do produto e sua utilização na escola, nas aulas de Física.

O estágio supervisionado

 

            Antes de tudo, é preciso ter claro que esse estágio não é o mesmo da graduação. Os mestrandos do MNPEF são professores em serviço, muitos deles bastante experientes. Talvez o estágio supervisionado devesse ser chamado de acompanhamento da prática pedagógica. E por que isso? Porque o(a) orientador (a) não conhece a escola, não sabe qual  é a realidade onde atua o mestrando. Então, o estágio supervisionado é uma oportunidade para que o(a) orientador(a) vá a escola e acompanhe a prática do mestrando. Isso pode ocorrer umas poucas vezes, até mesmo uma só se a escola estiver muito longe, o importante é que o(a) orientador(a), que é docente universitário, conheça a escola, entenda o que é ensinar Física na Educação Básica.

Outras disciplinas que não as de conteúdos de Física

 

            Como deve ter ficado claro desde o início destes comentários, as disciplinas de Física são prioritárias na grade disciplinar do MNPEF, mas é claro que em se tratando de ensino de Física é preciso dar também atenção às tecnologias e a disciplinas sobre teorias de aprendizagem, história e epistemologia.

            No currículo do MNPEF há mais disciplinas de Física, mas isso não significa desmerecer disciplinas de outra natureza que são relevantes para o ensino. E só uma questão de ênfase curricular.

Em 16.03.2015

M.A. Moreira

Coordenador/CPG/MNPEF

P.S. Colegas, os comentários feitos refletem minha larga experiência como professor do Instituto de Física da UFRGS, pesquisador 1A do CNPq, na área de Educação, e criador dos mestrados profissionais em ensino na CAPES. Por favor, considerem toda esta experiência, aceitem construtivamente tais comentários, apostem no MNPEF e inovem. Nossa Física é importante e o MNPEF é um espaço para valorizá-la na educação básica, mas para isso é preciso outra abordagem, diferente daquela segundo a qual a Física é para poucos. A Física é para todos.